Os carvalhos não ardem

Os Carvalhos não ardem, a Jacinta não foi. Restos de um lugar. Poucas pessoas. A pedra que foi fim é, agora, começo. Árvores solitárias no recorte da paisagem. Tempo. As pessoas vão, a natureza volta, cuida de si. O tempo das árvores, que têm o seu próprio tempo. A tradição. A serra barrenta. O barro das juntas, o da olaria utilitária e o das telhas que cobrem as casas que foram ficando vazias. Revisitação.

O que resta do que outrora foi?

Barro. Telhas. Casca. Pele.

Uma pesquisa que surge do que o Feital me tem dado, do que tenho vivido e absorvido com as pessoas nas aldeias, com as árvores na floresta e, principalmente, com o tempo do Jardim da Pedras. Um trabalho de perceção sensorial e intuitiva deste lugar à procura do que ele me queira dar, com tempo e sobre o seu tempo.