A Dança no Fim

Numa entrada pelo espaço – no tempo de atravessar o exterior e interior – no tempo de chegar – no tempo de adentrar, nos abrigos.
Não se prevê os encontros aqui.No caminho de não saber se vou ser pedra, se vou ser flor, se vou ser uma outra qualquer – No caminho de pousar – No caminho de continuar…
Não me faço de árvore, nem de flor, nem de pedra, nem de bicho.  Sou tudo isso em separado no corpo, no gesto que vai atravessando o movimento maior. Sou com todos eles ao mesmo tempo, em distância que não magoa.
E numa dança que se despede aos poucos dela própria e que nasce constantemente, o meu corpo volta a conhecer os segredos dos gestos, que respiram os ares dos encontros em movimento.